quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Enzo e a lua




Enzo olhava todas a noites para o céu,  pois ele adorava a lua.

Se estava em casa, olhava pela janela do seu quarto.

Se estava no carro, olhava pela janela procurando por ela.

E ele adorava passear a noite, pois a lua sempre o acompanhava.

Mas uma noite Enzo olhou para o céu e ficou muito triste,  pois a lua não estava como nos outros dias.

Seu avô viu que ele estava triste e perguntou:

- Enzo, por quê você está assim?

- Por causa da lua, vovô.

Seu avô não entendeu por que ele estava triste. Então perguntou:

- O que aconteceu?

- A lua, ela está quebrada.

Seu avô riu, pois como a lua não estava cheia, Enzo achou que ela estava quebrada.

- Ela não está quebrada, disse o avô.

- Não? Mas está faltando um pedaço.

Então, para que Enzo não ficasse triste, seu avô rapidamente pensou em algo para alegrá-lo e disse:

- É que algumas vezes o céu fica muito gelado, e a lua se encolhe para se aquecer. Mas logo ficará quente no céu novamente, então ela não se encolherá mais.

- É mesmo?

- Sim. Logo logo ela vai estar inteira.

Então Enzo olhava para o céu toda noite, torcendo para que o frio passasse logo, e ele pudesse ver a lua como ele tanto gostava.

2 comentários:

  1. Lembrei de você ao ler esse poema! Bjs

    Uma Filosofia Toda

    As bolas de sabão que esta criança
    Se entretém a largar de uma palhinha
    São translucidamente uma filosofia toda.
    Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
    Amigas dos olhos como as cousas,
    São aquilo que são
    Com uma precisão redondinha e aérea,
    E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
    Pretende que elas são mais do que parecem ser.
    Algumas mal se vêem no ar lúcido.
    São como a brisa que passa e mal toca nas flores
    E que só sabemos que passa
    Porque qualquer cousa se aligeira em nós
    E aceita tudo mais nitidamente.

    Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXV"
    Heterónimo de Fernando Pessoa

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